5 dicas para acelerar a jornada de diversidade e inclusão nas empresas – Sim Notícias

Segundo o diretor da Diversifica, Leonardo Drummond, pesquisador, professor, e profissional com 20 anos de experiência em diferentes organizações, com os temas relacionados ao ESG (ambiental, social e da governança), cresce a importância do diálogo sobre como implementar a jornada de diversidade, equidade e inclusão nas empresas.

“Ainda há um extenso caminho a se percorrer. Valorizar a diversidade nos quadros funcionais é o principal caminho rumo a um futuro de sucesso, e as empresas que não acelerarem esse processo estão sob risco de serem vistas como ultrapassadas e colherem piores resultados, inclusive perdendo clientes, parceiros de negócios e até profissionais talentosos”, explica.

E eis que surge a dúvida: como fazer isso na prática? Leonardo enumera cinco dicas que podem ajudar as empresas que querem adotar a inclusão e a diversidade como missões institucionais:

1) Contrate especialistas em D&I: Ter um profissional dedicado à gestão da diversidade e inclusão, comprometido com práticas de ESG, facilita o mapeamento e a compreensão dos desafios da empresa e garantirá que as ações voltadas para esses valores sejam constantes ao invés de ocasionais.

2) Aplicar um Censo de Diversidade: É uma pesquisa para conhecer o perfil das pessoas que trabalham na empresa por meio do levantamento de dados pessoais e funcionais, considerando aspectos sociais, econômicos e ambientais. Questões sobre o clima da diversidade na organização também podem ser coletadas. Os resultados mostram o quão diversa e inclusiva a organização é. A partir daí, podem ser definidos objetivos e metas que deverão se desdobrar em um plano de ação para acompanhamento baseado em dados.

3) Para o RH – Recrutamento às cegas: Entrevistas realizadas “cara a cara” transmitem mais pessoalidade, mas ao mesmo, algum detalhe da aparência pode acabar afetando – ainda que inconscientemente – a decisão do recrutador. Os vieses inconscientes afetam a tomada de decisão. A seleção feita às cegas propõe foco no que é importante no processo: as competências da pessoa que se candidata à vaga.

4) Fomentar debates raciais: O racismo é estrutural na nossa sociedade. Desconstrui-lo é papel de todos nós, como representantes da empresa e também como indivíduos. Essas ações precisam acontecer para além do dia 20 de novembro. E nós, pessoas brancas, também precisamos adotar atitudes antirracistas. Devemos fomentar também outras discussões sobre diversidade, mas como consultor eu percebo que o debate racial é urgente em todas as organizações.

5) Usar a força de trabalho multigeracional a favor da empresa: Com o aumento da longevidade e a aposentadoria tardia, o encontro de gerações no ambiente de trabalho é inevitável e maravilhoso, no sentido de reunir uma potência de forças. Uma geração tem muito a aprender com a outra e os resultados desse encontro são excelentes para a produtividade, criatividade e inovação. No entanto, para que essa convivência não seja conflituosa, as empresas precisam estar preparadas.

Telemedicina: as plataformas e seus riscos

Thayan Fernando – advogado especialista na área da sáude

Com o avanço causado pela pandemia do COVID-19, houve uma necessidade de inovação no atendimento entre médico e paciente. De tal forma o teleatendimento avançou como prática bastante utilizada em planos e seguros saúde. A telemedicina caracteriza diferentes etapas de um atendimento médico. A teleconsulta, nada mais é do que o médico prestar atendimento inicial ouvindo as queixas do paciente já o telediagnóstico, consiste em identificar a doença e o tratamento efetuando as devidas prescrições. Alguns planos de saúde criaram sua própria plataforma de atendimento, na qual o usuário é identificado por seu acesso, dado no momento da contratação. Já no SUS (Sistema único de Saúde) foram utilizadas diversas plataformas de mensagens instantâneas. Muito se questionou sobre a autenticidade da identificação do paciente, pois, o médico com a sobrecarga de trabalho não podia efetuar a checagem de dados, podendo haver assim, falsidade ideológica, ou seja, uma pessoa se passando por outra. As leis que regulam as relações digitais, sendo as principais, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados e o Marco Civil da Internet, preveem a necessidade de resguardar dados sensíveis e ordinários. Não só isso, o médico tem o dever profissional de efetuar prescrição para aquele que está acometido de doença, em casos de plano de saúde os devidos contratantes e seus dependentes. Sendo assim a falta de acesso de assinaturas eletrônicas via certificados digitais, tokens ou a confirmação de identidade por uso biométrico ou facial, a relação médico-paciente é bastante fragilizada porque tais plataformas existentes não têm forma confiável de fazer as validações necessárias. Diante de todos estes problemas de autenticidade e validação, ainda temos outras barreiras, como as receitas médicas virtuais, nem todas as drogarias estão preparadas com o aparato técnico que possibilita validar a autenticidade da receita. Não só por isso, mas diante de um país com desigualdade social, regional e analfabetismo tecnológico existe uma grande dificuldade, principalmente, na população mais idosa de acessar os referidos produtos. A telemedicina foi um grande avanço na modernização do tratamento médico no qual só houve regulamentação do Conselho Federal de Medicina através da resolução 2.314 de 24/04/2022, que regularizou as diversas formas de intervenção médica, mas existem diversas lacunas em algumas das previsões. Mas devemos reconhecer que a resolução limitou de maneira assertiva a atuação do médico, restringindo a teleconsulta e o telediagnóstico. A responsabilidade médica, tanto em âmbito disciplinar, criminal e cível aumenta com a teleconsulta, pois o profissional deve fazer conferências diversas para manter o sigilo médico-paciente, assegurando a celeridade e idoneidade do processo de atendimento.

Fonte: simnoticiaspe.com.br/5-dicas-para-acelerar-a-jornada-de-diversidade-e-inclusao-nas-empresas

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